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  • Foto do escritorMurillo Damaso

Mazda 787B: Ícone da Le Mans e Também no Colecionismo 1/64

Atualizado: 28 de fev. de 2018

Qualquer entusiasta de carros e corridas, ou que tenha jogado Gran Turismo (PlayStation) ao menos uma vez, já viu ou ouviu falar desse ícone de Motor Rotativo Wankel. O primeiro e único a vencer as 24h de Le Mans utilizando o motor.


Por ser tão memorável na história das corridas Le Mans, esse modelo também se tornou uma peça bem desejada pelos colecionadores de miniaturas de todas as escalas.


  • KYOSHO

Para os amantes de 1/64 a réplica fiel do Mazda 787B veio só em 2006 pela fabricante Kyosho. Que não deixou nada a desejar, sua réplica era muito bem feita e detalhada (fotos abaixo). Logo, com não muitas unidades fabricadas, pouco tempo depois essa miniatura se tornou uma raridade no meio do Colecionismo 1/64, ficando difícil de conseguir um exemplar, tanto pela escassez quanto pelo seu valor de mercado altíssimo.


  • TOMICA

Nos anos 2000, a Tomica (Fabricante Japonesa renomada - Takara Tomy) havia lançado no mercado uma miniatura 1/64 do Mazda na sua linha básica (semelhante à linha básica HotWheels), que também foi bem desejada pelos colecionadores, mas isso foi bem antes de fabricarem suas réplicas oficiais.


Recentemente em 2017, em comemoração aos 50 Anos do Motor Rotativo Wankel, a Tomica lança o modelo do Mazda 787B RENOWN Nº55 em sua linha 1/64 de mais alto padrão, a Tomica Limited Vintage NEO (TLVN). E essa sim, meus amigos, superou todas as expectativas da representação do modelo nessa pequena escala. Superou a qualidade dos modelos da Kyosho, tanto na linha normal quanto na linha Beads Collection (alto padrão da Kyosho). Pois além de todo detalhamento minunciosamente reproduzidos, o mais impressionante dessa réplica são o capô do motor e frente removíveis. A parte do motor vêm com detalhes de armação tubular, amortecedores e motor. Ela foi lançada em pré-venda no primeiro semestre e distribuída em Setembro de 2017, com poucas unidades fabricadas e com valor alto, mas já é uma peça rara e exclusiva de colecionador. Sem dúvidas, uma obra-prima da representação na escala 1/64.

Agora em 2018, a Tomica relança o mesmo modelo e de mesma qualidade na linha TLVN, só que o Nº18 com a roupagem Branco e Azul da própria Mazda. A produção é bem limitada, assim como seu "irmão" campeão de Le Mans.


  • SOBRE O CARRO

O Mazda 787B é um protótipo de corrida da Mazda que possui uma velocidade máxima de 358 km/h, partindo dos 0-100 km/h em 3 segundos. Possui 700 CV, 9000 rpm e pesa 830 kg. Foi o primeiro e único veículo de corrida a vencer as 24 Horas de Le Mans utilizando um motor rotativo Wankel, no ano de 1991, sendo também o único carro japonês a vencer esta prova. Ao fim da temporada de 1991 os motores Wankel foram proibidos no Mundial de Endurance, encerrando a trajetória do bólido.


Desenvolvimento

O desenho inicial do 787B foi uma evolução do modelo 767 e 767B que haviam sido usados pela Mazda em 1988 e 1989. Muitos elementos da mecânica do 767 foram utilizados, por Nigel Stroud, para o 787, mas com notáveis exceções. A principal foi no motor do 767 que era um Wankel rotativo 13J, este foi substituído por um R26B. O R26B possuía alguns elementos muito parecidos aos do 13J, tais como layout e deslocamento, porém novos elementos como o coletor de admissão continuamente variável e três velas por Rotor ao invés de duas. Isso lhe concedeu uma potência máxima de 900 Hp (670 kW) que foi limitado para 700 HP durante corridas extremamente longas. A caixa de velocidades de 5 marchas da Porsche foi retida. Outras modificações em relação ao desenho do 787 incluem a relocalização dos radiadores que inicialmente localizavam-se ao lado do cockpit no 767, e passaram a ser integrados na ponta frontal do 787.

A História do Mazda 787B: Porque ele virou ícone da Le Mans.

  • Coluna: A Mil Por Hora (Por: Rodrigo Mattar)

A Mazdaspeed inscreveu naquele ano de 1991 três protótipos 787B com motor Wankel R26B de quatro rotores. Com 2,6 litros de capacidade cúbica, alcançava 700 HP de potência. Projetado por Nigel Stroud, antigo designer da ATS na Fórmula 1, o bólido tinha câmbio Mazda/Porsche de 5 marchas e pneus Dunlop, com peso mínimo de 845 kg. Os japoneses eram conhecidos pelo barulho característico do propulsor, que faz até hoje a delícia dos fãs de automobilismo. O motor Wankel não roncava – simplesmente berrava, lindamente, pelas retas e curvas de Sarthe.


No carro #55, estavam dois pilotos que competiram parcialmente na Fórmula 1 em 1991: o britânico Johnny Herbert (que colaborava com a Lotus) e o franco-belga Bertrand Gachot (que começou o ano pela Jordan, foi preso por agredir um taxista com spray de pimenta e depois de solto, ainda andou de Larrousse), aos quais se juntou Volker Weidler, de passagem apagada pela já extinta Rial, dois anos antes. No carro #18, estava o brasileiro Maurizio Sandro Sala, ao lado do britânico David Kennedy e do sueco Stefan Johansson. E no #56, foram inscritos Pierre Dieudonné/Takashi Yorino/Yojiro Terada.

O grande obstáculo da performance dos Mazda seria o alto consumo de combustível e naquela época em que o Grupo C vivia os últimos anos de sua época gloriosa, os 787B foram beneficiados por não ter restrição quanto à quantidade de gasolina usada ao longo da disputa. Isso fez com que os japoneses alcançassem uma vitória até hoje inédita, derrotando o Jaguar XJR-12 de Raul Boesel/Davy Jones/Michel Ferté, que corria o risco de sofrer pane seca se atacasse o bólido nipônico no final da prova.

Por força da regra vigente, mesmo com o tempo de 3’43″503 no treino classificatório, melhor que oito carros com motores aspirados de 3,5 litros, o Mazda de Weidler/Gachot/Herbert largou da 19ª colocação de um grid de 38 carros. O #55 esteve entre os dez primeiros a partir da segunda hora e só assumiu a liderança de forma definitiva ao fim da 22ª hora, desbancando o Sauber-Mercedes #1 de Jean-Louis Schlesser/Jochen Mass/Michel Ferté, alijado da disputa por um superaquecimento após completar 319 voltas.

O Mazda campeão fechou a prova de 1991 com 362 voltas percorridas, duas à frente do Jaguar de Boesel e quatro à frente da trinca Teo Fabi/Kenny Acheson/Bob Wollek, noutro XJR-12 alinhado pela equipe chefiada por Tom Walkinshaw.


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